agosto 04, 2006

Rumo à escalada do conflito

Nesta sexta-feira, o Estado sionista bombardeou pesadamente o sul e o norte de Beirute (foto à esquerda), provocando 34 mortes - e, o que é mais preocupante, estimulando a anunciada decisão do líder Hasam Nasralah, do Hizbollah, de atingir Tel-Aviv caso a capital do Líbano voltasse a ser atacada. Pode-se prever, portanto, que neste sábado a capital do Estado sionista passará a ser o novo alvo dos foguetes disparados pela guerrilha libanesa. Em outro ataque terrorista, a aviação israelense matou 33 trabalhadores rurais que carregavam frutas e legumes para um container refrigerado, próximo à fronteira síria.

Nas últimas três semanas, mais de 900 civis libaneses foram mortos pela carnificina promovida por Israel. Um terço dos mortos tinham menos de 12 anos. Os feridos já passam de 3.000, e os deslocados de guerra somam um milhão – o equivalente a um quarto da população libanesa. Os ataques aéreos israelenses vem atingindo áreas que até então haviam sido poupadas, e vêm destruindo sistematicamente a infra-estrutura do país. E inicia-se a invasão terrestre do sul do Líbano, com mais de 10.000 soldados sionistas envolvidos.
No entanto, o objetivo principal dos falcões israelenses parece estar longe do fim – ao contrário das otimistas declarações de seus líderes. Nestes dois últimos dias, o Hizbollah lançou quase 400 foguetes contra o norte de Israel, provocando onze mortes e contrariando o primeiro-ministro israelense, que afirma que a infra-estrutura e o arsenal da milícia libanesa já foram completamente destruídos. O número total de civis israelenses mortos nos ataques com foguetes do Hizbollah chega a 31.
A organização Human Rights Watch acusa o Estado sionista de cometer CRIMES DE GUERRA. "Em alguns casos, as forças israelenses parecem estar atingindo civis deliberadamente. Estes eventos não podem ser considerados como meros acidentes, e nem podem ser atribuídos a práticas incorretas do Hizbollah. Em alguns casos, estes ataques constituem crimes de guerra". São visados veículos transportando famílias em fuga, ambulâncias, hospitais, centrais elétricas, pontes e estradas – prática que pode, sem nenhuma sombra de dúvida, ser chamada de TERRORISMO DE ESTADO.


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