agosto 22, 2006

Bombas de fragmentação ameaçam libaneses

Desde o cessar-fogo em 14 de agosto, bombas de fragmentação já deixaram treze mortos e dezenas de feridos
(atualizado em 31 de agosto de 2006)
Entre as pilhas de concreto destruído, um pequeno metálico chama a atenção das crianças: ao tocá-la, o que parecia um inofensivo brinquedo revela-se uma arma fatal.
São as bombas de fragmentação - também conhecidas como granadas - despejadas pelo Estado sionista sobre o Líbano. Estas bombas são despejadas por foguetes que as espalham por uma área do tamanho de um campo de futebol. Entretanto, apenas 75% delas explodem ao atingirem o alvo: as demais permanecem latentes, esperando uma vítima para despertá-la.
Contrariamente ao que determina a lei internacional, Israel despejou milhares de bombas de fragmentação sobre áreas povoadas - como o vilarejo de Tibnin, onde foram encontradas 210 delas ao redor do hospital da cidade.

O bombardeio maciço com bombas de fragmentação sobre o sul do Líbano deu-se nos dois últimos dias da guerra - depois, portanto, do cessar-fogo ter sido decidido na ONU, embora ainda não implementado de fato. Tratou-se portanto de um consciente crime de guerra visando manter a população do sul do Líbano em estado de terror pelos muitos anos que virão à frente.
Estima-se que os bombardeios sionistas dos últimos dias de guerra tenham deixado pelo menos 100.000 granadas não explodidas no Líbano (na foto, um foguete que não explodiu) - que se somam às milhares de minas colocadas pelo Estado sionista nos 18 anos de ocupação do Líbano, e que são um dos motores da resistência libanesa. Sua
procedência é conhecida: o grande produtor de armas mundial e financiador do Estado sionista - apenas no ano passado, a ajuda militar dos Estados Unidos aos sionistas foi de US 2,2 bilhões, gastos em armamentos produzidos por eles próprios.
O representante da ONU no sul do Líbano, Chris Clarke, que já trabalhou na limpeza de minas e bombas em Kosovo, Kuwait, Sudão e Bosnia, afirmou que "esta é a pior contaminação de bombas de fragmentação que jamais vi". As bombas estão espalhadas por todo o sul do Líbano, nos jardins das casas, nas ruas e avenidas, em volta de hospitais e postos de gasolina, esperando o momento para fazer mais uma vítima da insanidade sionista.

HISTÓRIA
As bombas de fragmentação foram usadas pela primeira vez pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, mas tornaram-se uma arma regular dos exércitos dos EUA, França e Inglaterra desde então.

O mais conhecido vetor para as bombas de framentação é o foguete M26, que espalha 644 bombas M77 (sub-munições) sobre uma área de 2000 metros quadrados. As bombas M77, por sua vez, ao explodir espalham cerca de 300 pequenos pedaços de metal - "pessoas são decapitadas, pernas, braços, mão e pés são arrancados do corpo, e qualquer pessoa que ficar viva na vizinhança se transforma numa grande massa de sangue".
Sob condições de teste, 23% das bombas não explodem no momento do impacto.
Os Estados Unidos dispõem de 370.000 foguetes M26 em estoque.

VER MAIS
Se você quer conhecer os malefícios das bombas de fragmentação, consulte Documents on Cluster Bombs, no site do Human Rights Watch.
Se, pelo contrário, você deseja conhecer os "benefícios" do Foguete M26, consulte o material promocional na
Lockheed Martin.
Leia também a reportagem do The Independent: Pressure for ban on cluster bombs as Israel is accused of targeting civilians

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