novembro 08, 2006

Massacre em Gaza

Na calada da noite, bombardeio indiscriminado do Estado sionista mata crianças e mulheres palestinas
Com os dezoito mortos no ataque de ontem a Beit Hanun, sendo oito crianças e cinco mulheres, passam de 300 os palestinos mortos na Faixa de Gaza desde junho, quando o Estado sionista iniciou a vingança pelo seqüestro de um soldado de seu exército.
Líderes de (quase) todo o mundo imediatamente condenaram o massacre sionista em Beit Hanun - quase todo o mundo: como era de se esperar, até o momento os Estados Unidos eximiram-se de condenar a violência sionista, dando carta branca para o Estado judaico insistir na sua política de extermínio e encarceramento da população palestina.
No Líbano, o seqüestro de dois soldados sionistas pelo Hizbollah havia desencadeado a Guerra de Julho, quando, após despejar milhares de toneladas de bombas sobre a população civil e a infra-estrutura do Líbano, o Exército sionista foi vergonhosamente derrotado pela milícia libanesa, tendo de se retirar do país após a chegada dos capacetes azuis da ONU.
Já na Palestina, que não tem as mesmas conexões internacionais que o Líbano, o massacre continua desde o mês de junho, quando foi seqüestrado o soldado Gilad Shalit, e os mortos entre a população da Faixa de Gaza já ultrapassam os 300.
No ataque desta quarta-feira, o pior ataque isolado contra palestinos em quatro anos, 18 pessoas foram mortas (sendo 13 da mesma família) e mais de 50 ficaram feridas em ataque da artilharia sionista a um conjunto de cinco blocos de apartamentos, onde dezenas de famílias dormiam. Testemunhas relatam que as explosões foram tão violentas que pedaços dos corpos das pessoas que dormiam espalharam-se pela rua. Segundo o Exército sionista, tratou-se de uma "fatalidade", pois estes civis ocupavam áreas das quais foram sido disparados foguetes contra o Estado judaico (na última semana foram disparados 36 destes foguetes, causando ferimentos leves em três cidadãos do Estado sionista).
Em outros eventos no mesmo dia, dois palestinos foram mortos no campo de refugiados de Jabaliya, e cinco outros numa incursão sionista a uma aldeia próxima de Jenin, elevando para 80 o número de palestinos mortos na última semana.


Círculo vicioso
Alguns líderes do grupo Hamas e mesmo do moderado partido Fatah clamaram pela retomada dos ataques suicidas contra o Estado sionista, dois anos após estas facções terem concordado em cessar estes ataques dentro do território sionista. Como diversos analistas já alertar, entretanto o governo militarista do Estado sionista parece ignorar, é a conduta expansionsita, belicista e desumana do Estado sionista que gera a resistência palestina, e uma das formas que esta resistência assume (pela falta de acesso a armas mais eficientes) é o ataque suicida. Esperem para breve, portanto, novos ataques suicidas contra a população sionista vivendo em suas grandes cidades.


VER MAIS
Children among 19 killed by Israeli tank fire (The Guardian)
Israel kills 18 civilians in Gaza shelling (Reuters)
Wounded Gaza teenager mourns 13 family members (Reuters)
Scores of Palestinians killed in Gaza massacre (Middle East Online)
Hamas chief threatens to avenge Gaza massacre (Middle East Online)
Israel 'apology' as Palestine mourns dead (Al-Jazeera)

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